Os meses do ano vêm ganhando cores. Depois do Maio Amarelo, que fomentou ações para um trânsito mais seguro, entramos no Junho Verde, um mês dedicado à conscientização ambiental e às atividades que visam a sustentabilidade do meio em que vivemos.

Diante das inúmeras discussões importantes que surgem quando o assunto é Meio Ambiente, algumas delas precisam ser destacadas: a conservação dos nossos meios hídricos, visto que a água é um recurso finito. E a geração de energia a partir de outras matrizes energéticas, o que reduziria colapsos imensos como o que vimos recentemente quando nos faltou a chegada do combustível.

Os recursos hídricos, cuja importância muitas vezes só é lembrada quando a água falta em nossas torneiras, precisam ser mais do que preservados. É hora de serem valorizados. É neste ponto em que venho tocando sempre: como os municípios que sofrem rigorosas – e justas – restrições ambientais por estarem situados em áreas de proteção aos mananciais conseguem se desenvolver?

Depender do turismo somente não me parece muito promissor, por mais pujante que seja o potencial turístico e cultural de uma determina região. A empregabilidade e o desenvolvimento econômico de cidades em APM precisam de mais ações concretas para serem alavancadas.

Já as matrizes energéticas também precisam ser vistas sob uma nova ótica. A energia pode ser gerada de outras formas, talvez não tão dependentes de matérias primas. Recentemente, o massburning – que nada mais é do que a incineração de resíduos sólidos urbanos – vem se apresentando como solução não só para a geração de energia, mas também para solucionar antigos problemas como a destinação final do lixo produzido pelas cidades.

São temas extensos e que merecem todo aprofundamento e discussão por parte da sociedade. E já estamos atrasados para a mudança, tanto de comportamento como de políticas públicas.

Juliano Ube é advogado, consultor ambiental e vice-prefeito de Mogi das Cruzes