O novo ano não iniciou oficialmente, mas o ambiente político vem ganhando aquecimento desde a eleição de Jair Bolsonaro para presidente da república.

É óbvio que a presença de um novo executivo no planalto não seja o único fator responsável por resolver questões há anos sem olhar sincero por parte das autoridades.

Porém, é importante ressaltar que a confiança do mercado (nacional e internacional) sempre é levada em conta quando uma troca de governo acontece.

Foi assim em 1994 com Fernando Henrique Cardoso, em 2002 com Luis Inácio Lula da Silva e em 2010 com Dilma Roussef , quando assumiram seus governos.

O nomes indicados, de primeiro e segundo escalão, sempre são analisados e questionados pela opinião pública, imprensa e interessados no ambiente de negócios que acontece no país e mundo afora.

Em recente pesquisa realizada pelo Ibope, 75% das pessoas consultadas consideram que Bolsonaro e sua equipe estão “no caminho certo” em relação as escolhas, pronunciamentos e posicionamentos que vem tomando. Já 14% julgam que eles estão no “caminho errado” e 11% não sabem ou não responderam.

O levantamento foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e é o primeiro desde a eleição presidencial de outubro.

Ao todo, foram ouvidas 2 mil pessoas pelos o Instituto em 127 municípios entre 29 de novembro e 2 de dezembro.

O resultado inicial é de otimismo, o que é natural no início de qualquer governo, que sempre está isento do histórico e de carregar uma culpa que geralmente não é sua.

Porém, analisando a gestão atual, o quadro é bem antagônico.
74% acreditam ter sido “ruim ou péssimo” o governo de Michel Temer. 18% respondeu como “regular”. 5% acreditam que foi “ótimo ou bom” e 5% não sabem ou não responderam.

Michel Temer foi vice de Dilma Roussef que foi reeleita em 2014. Após um processo de impeachment, Temer carregou consigo toda repulsa dos desastres do governo anterior e do seu próprio – gestão essa também regada à corrupção com ministros investigados em atos ilícitos a frente das mais diversas pastas.

Ainda em pesquisa, seguido dos problemas líderes como saúde e desemprego, os brasileiros acreditam que a corrupção é o pior problema do Brasil, à frente de segurança pública, habitação e educação.

Que as esperanças se renovem, que as instituições e o povo cobrem as promessas feitas e que possamos acreditar que melhoraremos no campo do desenvolvimento.

Antonio Gelfusa Junior é diretor das publicações online e impressas do Grupo Raiz.