Ato público é organizado pelo Movimento Viva o Parque.

Neste domingo, dia 20 de maio, a partir das 10h30, será realizado o Ato Público em prol do Parque Vila Ema na área da antiga chácara de imigrantes alemães, situada na Avenida Vila Ema, n. 1523, esquina com a Rua Batuns. O evento, com apresentações musicais, palestras e o abraço simbólico, é organizado pelo Movimento Viva o Parque, integrado por diversas entidades da sociedade civil da região.

O movimento nasceu em 2009, quando surgiu a notícia da construção de quatro torres residenciais na área. O empreendimento poderia colocar em risco as 477 árvores ali existentes, muitas das quais são remanescentes da Mata Atlântica.

Desde então, foram realizadas reuniões, manifestações públicas, abaixo-assinado, poesias e até um site de apoio foi criado. Para preservar esse oásis verde e transformá-lo num parque aberto à população, o Ministério Público foi acionado e congelou a construção dos prédios por cinco anos.

Na Câmara Municipal, a vereadora Juliana Cardoso criou o Projeto de Lei nº 410/10 que reserva a área para implantação de parque público. Em outubro de 2010, a Prefeitura declarou o terreno de utilidade pública para fins de desapropriação, conforme Decreto nº 51.875.

O processo administrativo saiu da Secretaria do Verde e Meio Ambiente e está desde novembro do ano passado na Secretaria de Negócios Jurídicos. A pasta está realizando estudo fundiário para avaliar o valor da área e propor a sua aquisição pela Prefeitura.

Há um ano e meio, a expectativa dos moradores é o anúncio da compra do terreno para implantação do parque com atrativos básicos como pista de caminhada, aparelhos de playground, sala de administração e, o mais importante, cercado e com toda a segurança necessária.

A região é uma das que mais sofre com a falta de verde. A Subprefeitura Vila Prudente/Sapopemba possui apenas 3,01 m² de área verde por habitante e a Subprefeitura Mooca tem 3,52 m², enquanto a ONU recomenda o mínimo de 12 m² por habitante.

Além da falta de verde, a Vila Ema perdeu  nos últimos 30 anos  importante equipamentos públicos como o CDM Parque Sevilha, a Praça Rolim de Moura e a área de esportes dos Veteranos Brasil. Como se não bastasse, a antiga fábrica das Linhas Corrente está virando pátio dos trens do monotrilho. Na obra, muitas árvores tiveram que ser derrubadas e outras transplantadas.

Fazem parte do Movimento Viva o Parque a União dos Moradores da Vila Santa Clara, ONG Planeta 21, Movimento Filosófico O Peripatético, Chega de Demolir, Movimento Santa Clara Melhor, Gazeta Vila Diva, Associação dos Moradores da Comunidade das Linhas Corrente e Associação dos Moradores de Vila Zelina  (Amoviza).

Mais informações no site www.vivaoparque.wordpress.com e www.operipatetico.webnode.pt.

Reportagem: Da redação. Foto: Divulgação.