Hoje vivemos um tempo em que não se consegue mais sensibilizar as pessoas. Porque todos estão preocupados com o progresso que avança sem medidas, atropelando a todos e pirando os jovens com tantas tecnologias.
A família, que vem passando por várias transformações socioeconômicas, não é mais um modelo social e vem sendo deixada de lado. Antes, a âncora e o ponto de referência do ser humano, hoje, sem a mesma significação. Sem ela, acredito, fica difícil educar e prosseguir nessa jornada terrena.
Ao assistir uma reportagem que falava da fome na Angola, fiquei sensibilizada ao ver uma mãe no relento, numa situação desumana, tentando amamentar seu filho que tinha seus olhos esbugalhados da magreza da desnutrição. Ela, igualmente, estava desnutrida e com seios à mostra.
Mesmo estando num pais tão distante, não é tão diferente do nosso. Esse tema me inspirou a escrever um poema retratando o nosso momento atual, a pobreza, porque “A fome fere a alma e a riqueza endurece o coração”. Falta no mundo a compaixão. Precisamos parar e nos sensibilizar, nos colocar no lugar do outro.
Mas não basta só isso. É preciso ter atitude, iniciativa própria para haver uma verdadeira transformação.
Zulmar Tamburu é formada pela Escola Panamericana de Artes Design, Escritora, Poetisa, Compositora, Artista Plástica e colunista do portal SP Jornal.