Conforme descrição do CODEX STANDARD FOR HONEY (2001), o mel é constituído de diferentes açúcares, predominando os monossacarídeos glicose e frutose.
Apresenta também teores de proteínas, aminoácidos, enzimas, ácidos orgânicos, substâncias minerais, pólen e outras substâncias, sacarose, maltose, malesitose e outros oligossacarídeos (incluindo dextrinas). Além de pequenas concentrações de fungos, algas, leveduras e outras partículas sólidas resultantes do processo de obtenção do mel.
A coloração do mel varia de quase transparente a castanho escuro. A consistência pode ser fluída, viscosa ou cristalizada (parcial ou totalmente).
O mel possui pequenas quantidades de potássio, vitaminas do complexo B e vitamina C e alguns tipos de aminoácidos (proteínas). É rico em sais minerais como selênio, cobre fósforo e ferro e também contém substâncias antioxidantes (flavonóides e fenólicos). Quanto mais escuro, maior concentração de minerais. Quanto mais claro maior a concentração de vitamina C.
O mel da abelha Apis Mellifera representa o mel da abelha africanizada (não nativa do Brasil) e apresenta diferenças quanto ao teor de água que é menor e à acidez que é mais ácido que o mel das abelhas nativas.
Consumido em quantidades moderadas (1 colher de chá por dia), o alimento pode ajudar a combater tosse, dores na garganta, resfriados e até mesmo evitar prisão de ventre. E por conter flavonóides, o mel pode afastar doenças cardiovasculares e melhorar a resposta imunológica.
Tem propriedades bactericida, anti-séptica, cicatrizante e revigorante. Por conter fibras solúveis melhora o funcionamento intestinal e a digestão. Também é utilizado como fonte de energia por conter alto teor de açúcares.
O própolis é uma substância produzida pelas abelhas, a partir de materiais semelhantes a resinas que estas colhem do pólen e das árvores e depois misturadas com secreções da própria abelha. Esta junção resulta uma substância rica em aminoácidos, vitaminas e bioflavonóides com um poderoso efeito antioxidante e uma ação anti-bacteriana / antibiótica. Pode inclusive ser considerado um antibiótico natural. Atua destruindo as bactérias nocivas ao nosso organismo e mantendo as benéficas, ao contrário dos antibióticos. Desta forma fortalece o sistema imunológico.
É muito eficaz no combate, de bactérias como a Salmonella e Helicobacter pylori entre outras. A sua ação estende-se ainda a fungos como a Candida albicans e vírus como o do herpes e de gripe.
Composição química do própolis
Resinas e bálsamos aromáticos: 50%
Ceras: 25 a 35%
Óleos essenciais: 10%
Grãos de Pólen: 5%
Minerais: alumínio, cálcio, estrôncio, ferro, magnésio, silício, titânio, bromo e zinco.
Vitaminas: pró-vitaminas A e todas do complexo B.
Flavonóides: Ésteres cafeinados.
A geleia real é rica em proteínas, carboidratos, vitaminas, enzimas e substâncias minerais. A geleia real é fornecida como alimento durante 3 dias a todas as crias de abelhas e para a rainha, durante toda a vida. As crias de abelhas operárias, durante esses 3 dias, alcançam o maior desenvolvimento, aumentam seu peso em cerca de 250 vezes mais. A rainha, que sempre recebe a geleia real, terá o dobro do peso da operaria e a sua vida pode chegar até 5 anos, sendo muito prolifera. Por outro lado, a abelha operária, que é geneticamente igual à rainha, e não recebe geleia real diariamente, vive apenas 35 a 40 dias. Por esses fatos, os valores da geleia real tornam-se claramente evidentes.
A geleia real auxilia nos tratamentos de quimioterapia, arteriosclerose, úlceras duodenais e estomacais, doenças do fígado, atraso no desenvolvimento físico e mental de crianças, casos de enfraquecimento geral do organismo após doenças ou como conseqüência do envelhecimento.
Quantidade recomendada
Mel: 1 c. de sobremesa ao dia (com moderação maior aos diabéticos);
Própolis: de 20 a 30 gotas do extrato aquoso diluídas em um litro de água ao dia para combater doenças intestinais e respiratórias;
Geléia Real: de 500 a 1.000 mg (1 espátula) ao dia em jejum de forma sublingual. Em casos de mais graves pode-se consumir 250 mg ou ¼ de espátula 3 x dia. (manter sob refrigeração depois de aberta).
Obs.: A posologia deve ser adequada ás necessidades individuais, esta é uma média diária utilizada na maioria dos estudos.
O mel e o própolis devem ser conservados em recipientes bem lacrados e em temperatura ambiente para que não endureçam demais. Devem ser conservados ao abrigo da luz direta, umidade e calor.
O mel puro não tem validade. O própolis varia em média 3 anos a partir da data de fabricação. A geleia Real deve ser mantida na refrigeração enquanto se consome mesmo depois de aberta. Tem validade de em média um pouco mais que um ano.
Por ser composto principalmente por açúcares simples o mel não deve ser consumido por diabéticos (pois o alimento aumenta a taxa de glicemia), indivíduos com sobrepeso e obesidade e triglicérides elevados, também devem usar com moderação. Crianças com menos de 1 ano também devem evitar o consumo de mel, pois este pode conter esporos de Clostridium botullinum e transmitir o botulismo.
O própolis e a geleia real deve ser orientado através da recomendação de um profissional, pois não é um remédio milagroso para todos os males e, em função de suas propriedades, deve ser utilizado com orientação, adequação de dosagens e horários de consumo para garantir melhor disponibilidade, eficiência de ação são o risco de intoxicações ou efeitos indesejáveis.
Dra. Roseli Rossi, pós graduada em planejamento, organização e administração de serviços de alimentação , é nutricionista e colunista do portal SP Jornal.
E-mail: equlibrio@equilibrionutricional.com.br