Resquícios do Hospital Zona Leste oferecem perigo à população.

O antigo Hospital Zona Leste, prédio que está localizado na Rua Arapoca, Vila Formosa, se tornou um local sinistro. Não é a primeira vez que se divulga matéria sobre o imóvel onde estava instalado o antigo Hospital. O local hoje é invadido por desocupados e segundo comerciantes da região, usuários de drogas e até invasores vindos da Cracolândia, região que recebeu atuação da polícia recentemente.

A história do local, o antigo “Hospital e Maternidade Zona Leste”, por muito tempo dirigido pelas famílias Iazette Di Giamo, atendia os moradores da região e ainda muitos que vinham de longe. Mas, por má gestão dos administradores, na época, com muitos compromissos e dívidas com o poder público e ações trabalhistas, foi levado ao encerramento das atividades. Por volta de 1997/1998, através de um projeto apresentado na prefeitura, na época pelo então vereador Emílio Meneguini, foi firmado um contrato de locação por um ano para instalação de uma unidade do PAS, que seria uma unidade regional. O valor do aluguel, era cerca de R$ 127.000,00 (cento e vinte e sete mil reais), por mês. Um valor muito alto para um projeto que depois não evoluiu. A prefeitura começou então a preparar o local, instalou alguns mobiliários e um tótem na frente indicando a unidade do PAS. Não se sabe ao certo o que aconteceu depois, mas segundo informações de apuração, a prefeitura amargou um prejuízo de mais de R$ 1,5 milhão só em aluguel, sem contar todo o mobiliário e a instalação do tótem.

Em investigação da redação com fontes da época, fica sugerido que houve acordos questionáveis entre algumas lideranças da região e a direção do Hospital Santa Marcelina, onde acertaram a transferência dos serviços de saúde. O que resta saber, é quem foi, ou foram, os atores que participaram da intermediação para que essa transferência fosse realizada. Intervenção do Ministério Público Acredita-se que o ministério público deve apurar a forma de como foram realizadas as tratativas dessa mudança sem que os moradores, na época, fossem consultados, já que os mesmos estavam ansiosos pelos serviços de saúde. Atualmente, a degradação do local traz riscos à saúde dos moradores com a grande quantidade de animais nocivos, como baratas, ratos e possíveis focos de dengue.

A população acredita que a intervenção do Ministério Público no sentido de agilizar os processos existentes no imóvel seja adequado para que, caso seja leiloado o espaço, alguma obra como o metrô, praça, área cultural possam trazer de volta a valorização imobiliária, e consequentemente, a paz e tranquilidade aos moradores e comerciantes da região.