Curso de direção ajuda a melhorar a relação homem-máquina.

A segurança automotiva evoluiu bastante nos últimos anos. Atualmente, inúmeras “letrinhas” são usadas para identificar os dispositivos que ajudam o motorista a evitar acidentes ou minimizar as consequências após um impacto inevitável: ASC, EBD, ESP e por aí vai. Porém, apesar do avanço da tecnologia, muitos os motoristas continuam a negligenciar alguns itens básicos para zelar pela própria segurança e a dos ocupantes dentro de um veículo.

Para tentar diminuir o número de acidentes, a Fiat realiza desde 2007, um curso itinerante de direção segura. O evento tem como principal objetivo formar condutores conscientes para um trânsito mais responsável e também melhorar a relação homem-máquina. Ao todo, mais de 3 mil pessoas já passaram pelo projeto, que abrange desde clientes Fiat, novos condutores, estudantes e até motoristas profissionais.

O programa trata de três fases de segurança: preventiva, ativa e passiva. A primeira aborda premissas básicas que ajudam o condutor a diminuir o risco de acidentes. A principal delas é a posição de dirigir. Se sentir mais confortável a bordo do veículo, mas com a postura adequada na direção, ajuda a ter um melhor controle frente ao volante. Conduzir com o banco muito afastado da direção e com os braços e pernas esticados, diminui drasticamente o controle e as chances de evitar acidentes. “Nós somos os principais sabotadores da nossa segurança”, afirma Luiz Arthur Peres, coordenador do programa.

Já a segunda fase, da segurança ativa, é usada em casos em que não se consiga evitar os acidentes. Aí, entram em cena uma série de sistemas que englobam suspensão, direção e freios. O Brasil dará um passo adiante com a obrigatoriedade dos freios ABS para todos os carros produzidos por aqui a partir de 2014. E a Fiat fez questão de mostrar isso. Durante o curso, foi possível fazer exercícios práticos com os modelos Bravo e Fiat 500 em um circuito fechado. No piso seco e com velocidade constante de 40 km/h, os testes mostraram claramente que os carros dotados de ABS se mantém “controláveis” mesmo com o acionamento total do pedal, o que dá a chance de desviar de algum obstáculo. No asfalto molhado e com a ausência do componente, o automóvel perde o rumo e, em geral, roda. Isso é devido à diferença de tração entre as rodas dianteiras e traseiras.

Os componentes de segurança passiva visam proteger os ocupantes do veículo em caso de acidente, minimizando as consequências. Caso dos cintos de segurança, que devem estar colados ao corpo sem nenhuma interferência – como grampos – para o funcionamento perfeito. Já os apoios de cabeça são essenciais e devem ficar posicionados na altura correta para não causar danos a coluna cervical dos passageiros em caso de colisões e “efeitos chicote”. Já os airbags, que também serão obrigatórios a partir do ano que vem, amortecem eventuais colisões dos ocupantes contra partes internas do veículos.

Algumas dicas de segurança ao dirigir

A posição correta é sempre aquela em que o motorista tenha total controle do veículo. Uma dica prática é posicionar o assento de forma que, mesmo pedal da embreagem acionado até o fim com o pé direito, a perna não estará totalmente esticada. O peso do corpo deve estar apoiado sobre o cóccix.

Pneus: os compostos devem ser calibrados semanalmente, com a pressão indicada e preferencialmente “frios”. A explicação é simples: se eles estiverem quentes, a pressão interna será maior do que o normal.

Reportagem: Raphael Panaro. Foto: Divulgação.