A data, comemorada em 29 de agosto, será marcada por uma maioria de ex-fumantes. Porém, milhões de pessoas ainda mantêm o vício.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Nacional de Câncer (INCA), há aproximadamente 24,6 milhões ou 17,2% de adultos fumantes no Brasil.
Apesar de a maioria de ex-fumantes exceder o número absoluto de fumantes atualmente no País, sendo 26 milhões, a quantidade de pessoas que possuem o vício ainda é muito alta e preocupante.
“A nicotina causa sim dependência química. Após um período de utilização, o organismo sente ‘falta’, o que causa sintomas de abstinência. A tolerância individual à abstinência se traduz na utilização mais ou menos frequente dessa substância e, por isso, para algumas pessoas é tão difícil largar o cigarro”, explica o médico patologista clínico do Hospital Santa Virgínia, Alexandre Fortini.
O especialista alerta que fumantes, principalmente adolescentes, têm maior chance de utilizarem outras drogas, controladas ou não controladas. “A nicotina presente no cigarro age em transmissores neurológicos relacionados ao humor e à dependência, facilitando o vício por outras drogas”, comenta o Dr. Alexandre.
Câncer x cigarro
Os principais sintomas causados pelo contato frequente com a nicotina estão relacionados ao pulmão e se desenvolvem lentamente, assim, são quase imperceptíveis. Entre eles, estão: tosse com muco, falta de ar com piora da atividade motora, cansaço, respiração ofegante e infecções respiratórias frequentes.
“O câncer de pulmão é a principal causa de mortes por câncer, sendo que 80% delas estão relacionadas ao tabagismo”, alerta o especialista do Hospital Santa Virgínia.
O Dr. Alexandre ressalta que há mais de 40 substâncias químicas conhecidas no cigarro que são potencialmente carcinogênicas, isto é, que têm o potencial de desenvolver câncer em outros órgãos. “Dessa forma, o hábito de fumar também pode causar câncer da cavidade oral, faringe, laringe, esôfago, bexiga, estômago, cérvix, rins, pâncreas e leucemia mieloide aguda”, avisa o médico.
Pare de fumar!
O médico do HSV dá dicas simples para largar definitivamente o cigarro:
– estabeleça uma data para parar;
– informe aos familiares, amigos e colegas de trabalho sobre o seu plano de largar o vício;
– planeje enfrentar os desafios: sentimentos depressivos; dificuldade para dormir; mau humor, frustração; ansiedade, nervosismo; problemas no raciocínio; mais fome ou aumento de peso. Esses sintomas são mais intensos nos três primeiros meses. A chance de sucesso após esse período é muito maior;
– pratique exercícios físicos supervisionados por um profissional da área pelo menos quatro vezes por semana. Isso ajudará a equilibrar o estresse;
– alimente-se de 3 em 3 horas, diminuindo as porções nas principais refeições e, nas refeições intermediárias, coma frutas e/ou sucos naturais;
– caso as tentativas de parar não deem certo, tente diminuir a quantidade de cigarros. Por exemplo: se você fuma 20 cigarros por dia, passe para 18 e vá reduzindo gradativamente.
Sobre o Hospital Santa Virgínia
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Fonte: Comunica. Foto: Divulgação.