Provável mau estado de conservação de ossadas dificulta investigações.

A procuradora Eugênia Augusta Gonzaga, representante do Ministério Público Federal na força tarefa de buscas por restos mortais de desaparecidos da ditadura em cemitérios paulistanos, admitiu, em um evento realizado dia 10, que a exumação de ossadas de Vila Formosa, pode ser inconclusiva. Ela explicou que o material retirado de valas comuns estava em mal estado de conservação, o que reduz as possibilidades de identificação. “Os ossos se encontram muito deteriorados”, disse a procuradora. As tentativas de exumar corpos de vítimas do regime militar enterrados no Cemitério de Vila Formosa foi realizada em fevereiro por equipes da Polícia Federal. No período da ditadura, de 1964 a 1985, agentes a serviço do regime autoritário cometeram homicídios, tortura e outras violações de direitos humanos. A ocultação de corpos de pessoas assassinadas por servidores públicos de forças de segurança e também por agentes, que operavam como grupos paramilitares de extermínio, é um desses abusos.

Reportagem: Assessoria de Imprensa. Foto: Divulgação.