“E se colocar pimenta?” é o novo conceito da campanha publicitária da Chilli Beans, marca de óculos de sol que há anos investe no Brasil.
Nas produções que invadem os comerciais, o que se subentende é o fato de tudo na vida, principalmente no sentido pessoal, caso se coloque pimenta, se dá mais sabor, mais agitação e mais prazer. Uma associação da marca, da grife e claro, da vida pessoal.
Esta semana, não exatamente no sentido publicitário, mas no sentido da notícia, entendi mais afundo este tema.
Observei que no Rio de janeiro, cidade turística, maravilhosa, de excelente gastronomia, pólo cultural, esportivo, artístico e tantas outras qualidades, teve pimenta adicionada ao seu tradicional tempero carioca.
O que já era difícil, no caso a criminalidade, ficou ainda mais complexo com o avanço da polícia sobre os morros das favelas em busca dos traficantes e bandidos.
Ora, não é de hoje que muitos dizem: “não há paz sem derramamento de sangue”. É claro que se deve respeitar os direitos humanos e todos movimentos que os cercam, mas há quanto tempo estas pessoas maldosas dominam as crianças e as comunidades carentes e trabalhadoras do Rio? Há muito tempo! E nunca fizeram nada. Apenas permitiram a criação de milícias, o que favoreciam interesses policiais e políticos corruptos. Não entendeu? Assista Tropa de Eleite 2 que você vai entender.
Talvez a chegada de Copa do Mundo e Olimpíadas é a grande motivação para este trabalho começar somente agora.
Quanto aos bandidos, da maneira que estão fugindo, nos deixa uma grande preocupação: para onde será que vão? Ficarão desamparados? Sem-teto?
Uma dor no coração toma conta de mim neste momento. Mas já passou!
A dificuldade no Rio de Janeiro se deve ao fato dos delinquentes se alocarem em morros, o que dificulta subida, invasão e domínio.
Ora, nem os Estados Unidos conseguiram com facilidade ganhar espaço no Afeganistão– que também tinham seus terroristas alocados em cavernas às alturas. Porque no Rio, sem armamento e sem investimentos há anos, vão conseguir rapidamente grandes resultados? A solução é esperar a boa vontade das Forças Armadas para colaborar. O que também não vai ser fácil.
É meu amigo leitor, resta a sociedade, refém como sempre de políticos que há anos assaltam a mão armada os cofres públicos, esperar que a poeira abaixe, a paz se estabeleça e que os bandidos sumam de lá.
Resta saber agora para onde vão, afinal, nem todos serão presos. Porém Brasília é uma boa sugestão para acolhere este pessoal e lhes dar abrigo.
Acredito que na capital do país eles encontrem boa parte de pessoas de caráter similar. Que sejam bem recebidos por lá, inclusive, com direto a honrarias de mensaleiros.
Crime por crime, estão todos no mesmo barco e a penalidade é a mesma. Só resta saber se alguém será punido, políticos ou bandidos. Não necessariamente nesta ordem
Mas e se adicionar pimenta? Bom deixa pra lá. Pior que tá fica sim!
Antonio Gelfusa Junior é diretor de marketing do SP Grupo de Jornais (SP Jornal, Jornal de Vila Carrão, Jornal do Tatuapé e Jornal de Vila Formosa).