Especialistas brasileiros e convidado americano falam sobre ensino.
Multitarefas, engajados e ansiosos por assuntos que realmente afetem sua vida cotidiana. Esse é o perfil dos chamados Millenials, o grande público universitário de hoje. Nascidos entre 1978 e 1990, a também denominada Geração Y está provocando uma revolução silenciosa, principalmente na maneira de se envolver com os conteúdos na faculdade. Livros e lousas já não são mais suficientes para esses estudantes multimídia.
Como, então, cativá-los para que absorvam o conteúdo? Esse é o debate que vai nortear o Fórum de Educação 2012, promovido pela Blackboard (multinacional especializada em tecnologia aplicada à educação e representada, no Brasil, pelo Grupo A) no dia 6 de novembro, na Universidade Cruzeiro do Sul, Campus Anália Franco, localizada na Av. Regente Feijó, 1295.
“Mais que apenas uma aula expositiva, os alunos de hoje esperam mais interação.
Eles buscam online tudo aquilo que os professores não conseguem passar, querem checar informações via internet toda vez que sentem que falta algum adendo e ainda querem partilhar com os colegas novas informações que possam agregar ao conteúdo aprendido”, afirma Bruno Weiblen, gerente da Blackboard no Brasil.
Por isso, durante o evento, seis especialistas em educação vão apresentar ideias e experiências de utilização da tecnologia em sala de aula e propor diferentes formas de envolver um aluno conectado, multitarefa e interativo no processo de aprendizagem. Além disso, a participação do neurocientista Ramon Moreira Cosenza ajudará professores e educadores a entenderem melhor como funciona o cérebro do universitário multitarefa, para que eles possam adaptar a experiência educacional da melhor maneira.
O americano Gordon Freedman, (guru mundial de tecnologia aplicada à educação) Presidente do National Laboratory for Education Transformation (NLET) e ex-vice-presidente de Estratégia de Educação Global da Blackboard, abre o evento com a palestra “Influências da tecnologia na educação: como será o ensino no futuro?”.
Na sequência, Marta Maia, consultora e membro do Comitê Nacional de Informatização para Todos da UNESCO, vai mediar a mesa redonda “Tecnologias a favor da educação”.
Para encerrar o evento, Ramon Moreira Cosenza, autor do livro Neurociência e Educação (Artmed, 2012) indicado ao Prêmio Jabuti 2012, palestra sobre “As neurociências e a Educação no Século XXI”. “Sabemos que eles fazem muitas tarefas ao mesmo tempo – e que, talvez por isso, não consigam se concentrar no modelo tradicional de aulas -, além do fato de verem o aprendizado como um processo colaborativo”, enfatiza Weiblen.
Mas, será que os professores estão prontos para entender essa maneira diferente de raciocinar? Como eles podem ajudar o aluno a canalizar essa nova forma de agir e pensar para que absorvam melhor as matérias essenciais no desenvolvimento escolar? Perguntas como essa podem ainda estar sem respostas, mas entender melhor como funciona o raciocínio dos nativos digitais pode ser o primeiro passo para respondê-las.
Reportagem: Da redação. Foto: Divulgação.