Hoje, muitos pais sofrem por não conseguirem impor limites para seus filhos. Depois de tanto tentarem, desistem. Foram vencidos pelo cansaço, esvaziados em sua de autoridade.
O “não” perdeu força; o “sim” tomou seu lugar e os pais perderam o controle sobre os filhos. Estes se sentem o centro das atenções e falam em tom ofensivo, o que deixa os pais impotentes, sem qualquer reação.
Há uma inversão de papéis: os filhos dominam os pais. Com isso, muitos jovens vão à procura de amigos, que, assim como eles, não se encaixam nos parâmetros familiares. A influência dos amigos faz com que se sintam mais autoritários e prepotentes, fortalecidos em sua posição de independência, de autossuficiência.
Os valores que faziam os laços familiares se perderam completamente. Os amigos passam a fazer parte de seu convívio. – Meus amigos me entendem, dizem esses jovens. Os pais, pela necessidade de trabalhar, foram ficando ausentes e se preocupado em ganhar sempre mais, para darem um futuro promissor e um conforto maior aos filhos. Isso acabou deixando de lado a questão do dialogo familiar.
Os filhos, por estarem acostumados a ter tudo sem nenhum esforço, ainda acham pouco e crucificam seus pais como se estes tivessem a obrigação de dar sempre mais. Quando isso não é possível, alguns se revoltam e se desgarram ainda mais.
É quando vão à procura de drogas e outras formas de fuga e autoafirmação, para suprirem a falta de amor que eles não acharam no ambiente familiar. Os pais têm que ter um punho forte e impor regras, para que os filhos se sintam amparados e importantes.
É melhor que um filho chore, por não aceitar um “não”, do que os pais, por algo que deviam ter feito e não o fizeram. Os filhos precisam de uma estrutura sólida e de afeto entre os integrantes da família, de um ambiente em que veja que não é possível querer e ter tudo na vida, a se contentarem com o que os pais podem lhes oferecer.