Para alguns moradores do bairro, em especial entre o perímetro da Rua Lutécia e Av. Guilherme Giorgi, as obras das estações Guilherme Giorgi e Vila Santa Isabel são motivo de contratempos e aborrecimentos.

Com entrega prometida para julho de 2014 por conta da Copa do Mundo realizada no Brasil, a obra já completa 10 anos de atraso, porém, nos últimos dois anos, ganhou aceleração em sua execução.

Para proprietários de imóveis na região, essa situação é um verdadeiro teste de paciência e resiliência. Aquele lugar que deveria ser um refúgio, um espaço de calma e conforto, de repente se transforma em um cenário de caos. 

O constante barulho de ferramentas batendo, máquinas trabalhando e caminhões passando transforma o lar em uma zona de estresse. Tentativas de relaxamento são frustradas pelo incessante ruído, e qualquer tentativa de concentração ou descanso se torna uma batalha contra o barulho invasivo.

“É dia e noite um trânsito de caminhões para cima e para baixo que traz ruídos fora do comum. Tem momento que as janelas de casa tremem por conta da velocidade que esses caminhões descem as ruas”, comentou João Oliveira Batista.

Para a donas e donos de casa, a situação é ainda mais desafiadora. O espaço que se esforça para manter limpo e organizado é constantemente invadido pela poeira e sujeira trazida pelas obras. Cada vez que se arruma uma sala, outra fica suja pela entrada e saída de trabalhadores e materiais de construção. A rotina de cuidar da casa se torna uma tarefa muito complicada, à medida que se luta para manter a ordem.

“Tudo é sujeira, terra, poeira. Isso sem falar no barulho dos caminhões, dos operários, enfim. Esse bairro que sempre foi tão tranquilo está recebendo o tal progresso que dizem é bom. Tenho é vontade de mudar assim que puder”, disse Dona Maria Julia Silva, de 64 anos.

Além do impacto físico, o estresse emocional também é uma carga pesada a ser suportada. A incerteza quanto à duração das obras e o desconforto de viver em um ambiente assim afetam o bem-estar mental.

Isso sem falar nos moradores do entorno do Parque Linear Rapadura que estão com suas casas com rachaduras e em alguns casos comprometidas em sua estrutura. 

O Governo do Estado de São Paulo diz que a obra deve ser entregue em meados de 2026. Até lá, infelizmente, para quem já celebrou a paz e tranquilidade na região, não a terá mais – ao menos até o término.

Reportagem: Da redação. Foto: Divulgação.

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