Feliciano é eleito presidente da comissão de direitos humanos.
A pressão popular é grande.
O partido marca uma reunião para falar do assunto. Feliciano não tem motivos reais para deixar a presidência da comissão. “Apenas” motivos morais. Ganha-se a queda de braço por estar dentro da lei e não moralmente equivocado. Assim funciona no Brasil!
O que e quem é imoral tem mais visibilidade.
Mas quem disse que a política é moralmente correta. Ela elege todo pleito incapazes, corruptos e até assassinos. Sim, assassinos! Para conferir, faça uma grande checagem no histórico de políticos eleitos pelo povo em diversos estados. A lei do ficha limpa ainda é pouco restrita para quem já cumpriu pena ou mesmo quem ainda não está em julgamento.
É claro que a postura mais adequada seria a população não votar mais em Feliciano, muito menos na sigla de seu partido, PSC, que permitiu a continuidade de uma pessoa despreparada, preconceituosa e acusada de estelionato a frente de uma comissão de tamanha importância. Mas quem pode mais? Quem vai puxar o tapete do outro se ambos possuem seus interesses e até “rabo preso”?
Por muito menos, a população de diversos municípios e estados tiveram representantes de diversas esferas políticas com acusações de estelionato a homicídio. Não é a primeira vez, nem a última que isso vai acontecer.
Feliciano desafia a morte. Diz que só morto deixará a comissão.
O que chama atenção é o fato de Feliciano, que também é pastor, ter ilustrado uma das mais tristes cenas de gravações feitas em cultos religiosos. O pastor e deputado chama a atenção de um fiel de sua igreja. Diz que de nada adianta deixar seu cartão de crédito sem deixar a senha.
Nas redes sociais o vídeo criou grande revolta entre os internautas. Para os honestos religiosos, seja em qual corrente frequente, a gravação também gerou grande indignação.
O fato é que nunca alguém que tinha ficado conhecido na internet por um fato de grande repugnância, na sequência fora eleito para um cargo público importante.
A situação é tão desastrosa para a política nacional que até os protestos pedindo a renúncia de Renan Calheiros, presidente do senado, se tornaram “pequenos”.
Marco Feliciano falou incoerências sobre os negros e sobre os homossexuais.
Respeitar o homossexual e indivíduos de outras raças é uma obrigação moral na sociedade moderna. Concordar ou não com opiniões e comportamentos, essa é outra questão, que só cabe em locais apropriados, com discussões e debates democráticos para o bem da sociedade.
Artistas entraram em uma campanha contra Feliciano. Wagner Moura, Caetano Veloso, entre outros. Mas é pouco! Feliciano é apenas uma “sardinha” de conduta imprópria diante de tubarões como Renan Calheiros, Sarney, Lula, Maluf e tantas outras figuras de comprovados envolvimentos questionáveis.
A comissão internacional dos direitos humanos acha inaceitável a continuação do mesmo no cargo.
Mas se dentro do próprio país a revolta é ligeiramente parcial, quem vai dar importância para a repercussão internacional?
Feliciano afronta a opinião pública brasileira. Mas quantos já não o fizeram? Com certeza ele não será o último!