Não é de hoje que a população sente repulsa quando os governantes aumentam preços de produtos e benefícios dos mais diversos.

Seja R$ 0,20 centavos de condução, seja aumento do combustível, seja impostos dos mais diversos, seja benefícios próprios.

Há 2 anos, a maioria dos vereadores de São Paulo votaram a favor do reajuste de seus salários. Na época, o salário era na casa de R$ 15.031,76 e o reajuste de 26,3% elevava o valor para R$ 18.991,68.

Na época, os edis defendiam que há 4 anos não tinham reajuste de seus salários.

É claro que a aprovação não foi ilegal. Mas, guardada as dificuldades do país, a aprovação era imoral diante da crise econômica e alta do desemprego.

Em 2018, mais uma atitude surpreendeu a população de São Paulo.

Um auxílio saúde com reembolsos de até R$ 1079,00 foi aprovado gerando até R$ 38 milhões de despesa ao ano. (Na reportagem da página 11 desta edição você confere quem votou neste projeto aprovado que seguirá para a sanção do prefeito Bruno Covas).

Em 2016 e agora em 2018 o que se esperava de uma casa legislativa, que se diz representante do povo, era e ainda é a retidão e sensibilidade de entender as dificuldades atuais.

É importante lembrar que a maior parcela da população ganha um salário mínimo, quando não menos.

Muitos estão na informalidade por conta de um desgoverno econômico o qual foram empurrados como forma de sobrevivência.

Na “Praça é Nossa”, o personagem João Plenário costuma apresentar, de maneira cômica, sua ojeriza aos pobres e aos interesses do povo. Sua sensibilidade é zero!

Nunca um personagem de ficção retratou tão bem a falta de postura e sensibilidade que os políticos de São Paulo produzem em seu dia-a-dia.

Fica aqui também o reconhecimento aos vereadores que votaram contra, são eles: Eduardo Suplicy (PT), Fernando Holiday (DEM), Janaina Lima (NOVO), José Police Neto (PSD), Paulo Frange (PTB), Sâmia Bonfim (PSOL), Soninha Francine (PPS) e Toninho Vespoli (PSOL).

Antonio Gelfusa Junior é editor-responsável do SP Jornal