Como todo e bom período eleitoral, junto com as propostas de candidatos, chegam às propostas milagrosas e os discursos vagos sem planejamento. Não é porque estou fazendo uma crítica aos maus candidatos e aos maus políticos que não acredito em política e nas eleições. Muito pelo contrário. Temos muitos bons e honestos candidatos e profissionais nesta área, a política. Infelizmente pela força da mídia e da projeção que se dá aos fatos de corrupção de alguns maus políticos, desonestos de fato, muitas pessoas passam a desacreditar na classe e acabam por acreditar que todos os profissionais desta área são assim. Estes dias Arnaldo Jabor, comentarista do Jornal da Globo, fez certa relação do Irã e o Maranhão. O Irã, que conta com o presidente Armadinejad, ditador que criticou até o coitado do polvo Paul, àquele que fez previsões na última Copa do Mundo, pelo ocidente do mundo reverenciar alguns atos e credos, e no caso do Maranhão, porque o Tribunal Regional Eleitoral do estado não aceitou a impugnação dos políticos ficha suja, contrariando, o Superior Tribunal Eleitoral. Este coronelismo, que não só existe no Maranhão, no Irã, no Afeganistão, mas também em milícias no rio, em alguns sindicalistas de São Paulo e em outros espaços, classes e estados mostram que, a cada dia que passa, o problema não está na atividade política, mas no caráter do ser humano e sua formação. Prezado leitor, como temos um certo tempo para a eleição, aproveite para levantar o histórico do candidato, veja sua declaração de bens na internet, seus projetos políticos – e quando digo projetos não se trata apenas do que vai se falar e fazer pela educação, segurança e saúde, afinal, todos dizem isso, mas que diga sobre quais projetos quer apresentar e se ele é a favor de qual política e projetos . Veja sua formação, seus princípios, seu carisma, sua simplicidade e humildade – estes últimos muito importantes. Dê uma olhada também no site ficha limpa.org.br do Instituto Ethos. Lembre-se: com a nova lei eleitoral reduziram àqueles exageros de gastos com material de campanha, adereços pendurados em postes, sonegação fiscal etc. Isso acaba valorizando os conhecidos 3 S´s do planejamento político: “ Sola”, “Suor” e “Saliva”. Se o político não fizer isso e se nâo se esforçar para conquistar seu voto, provavelmente não merece sua confiança. Você vai me dizer: depois destes elementos acima sobraram poucos políticos para escolher, certo? Sim! Mas tenha certeza que eles existem. Se são candidatos ou já eleitos não importa. Acredite que o Brasil é melhor do que parece e a cada dia que se fiscaliza mais, evoluímos e deixamos para trás um passado ditatorial que, mesmo ainda reinando em alguns estados, cidades e entidades, tende a desaparecer com o crescimento da sociedade e, principalmente, o voto de eleitores mais questionadores!
Antonio Gelfusa Junior é diretor de marketing do SP Grupo de Jornais (SP Jornal, Jornal de Vila Carrão, Jornal do Tatuapé e Jornal de Vila Formosa).