As eleições municipais estão aí e é preciso cautela de toda população na hora de votar. É importante frisar que todo político tem pontos positivos e negativos, e cabe ao cidadão paulistano avaliar os prós e contras do passado, ficha na justiça, base aliada e projeto de seus candidatos.

Vejamos alguns candidatos à prefeitura:

Celso Russomano vem com proposta de renovação muito forte, principalmente na área da saúde e transporte. O que o coloca em dúvida é não ter experiência em cargos do executivo e a desconfiança na base de coordenação de sua campanha que conta com a sempre questionada Igreja Universal, que está infiltrada na base do seu partido, o PRB.

José Serra, do PSDB, vem com propostas de melhoria que seguem os feitos dele quando prefeito, e de Kassab, seu sucessor, que deu sequência ao trabalho e imprimiu sua personalidade. A contra-partida é a grande desconfiança por parte dos eleitores em saber se Serra ficará no cargo até o final ou não.

Fernando Haddad é o candidato de Lula e Dilma. Com a popularidade em alta, Dilma entrou na campanha e salienta a participação de Haddad como ministro da educação de Lula. O problema é a imagem do atual candidato cumprimentando e aceitando o apoio de Paulo Maluf, além do possível envolvimento do ex-presidente no mensalão, segundo Marcos Valério.

Gabriel Chalita, do PMDB, foi secretário de educação e é professor. Vem com plano forte para educação, que de fato, é o mais importante em uma sociedade desinformada como a nossa. A contrapartida também é a falta de experiência no executivo e o apadrinhamento de Michel Temer, vice de Dilma, que está em um partido que conforme o “vento bate”, muda o apoio.

Soninha Francine. Com experiência em subprefeitura e secretaria de governo, a candidata propõe soluções alternativas para trânsito e até para a já conhecida corrupção da câmara municipal. A dificuldade é impulsionar a campanha dentro do PPS, partido de centro-esquerda, que geralmente não conta com bons adeptos por causa do conservadorismo paulistano.

Paulinho da Força. O candidato imprime boas propostas na área de geração de empregos, característico de sua base política. Propõe redução de impostos e soluções em outras áreas. O problema é que além de denúncias de corrupção, o político diz apoiar o amigo José Dirceu neste momento delicado de julgamento e afirma não acreditar que o mensalão existiu.

Ainda temos Carlos Giannazi do PSOL, Ana Luiza do PSTU, Ana Caproni do PCO, Eymael do PSDC, Miguel do PPL e Levy Fidelix do PRTB. Todos eles com suas vidas expostas na internet, em reportagens e vídeos que podem ajudá-lo a formar a opinião exata e escolher adequadamente em qual candidato votar.

Com relação aos candidatos a vereador, aproveite o momento político e veja qual é aquele que polui menos a cidade, que deixa menos cavaletes no seu caminho, que suja menos as casas com panfletos, se já foi eleito quais projetos apresentou, se já está há muito tempo na política, se tem projetos que condizem com a realidade de nossa cidade, enfim.

Não é difícil fazer nossa cidade melhor. Basta se informar melhor sobre quem são nossos candidatos, avaliar adequadamente suas propostas e cobrar atitude, depois de eleitos. Mas a maior dificuldade é a grande falta de memória que os eleitores têm. Não adianta nada visitar o passado, se o problema estiver no seu voto do presente, que, se jogado fora, pode prejudicar ainda mais o futuro de todos nós.

Antonio Gelfusa Junior  é diretor  de marketing do SP Grupo de Jornais  (SP Jornal, Jornal de Vila Carrão,  Jornal do Tatuapé e Jornal de Vila Formosa).