Sou adepta do seguinte fato: todos os seres humanos possuem o direito e o dever de compreender melhor o alimento que chega à sua mesa. De onde provem, qual seu nível de contaminação e a melhor maneira de prepará-lo para que produza todos os benefícios favoráveis ao corpo humano.
Todos deveríamos dar mais atenção ao nosso corpo e tentar entender nossas fomes e apetites. No momento em que decidimos nos alimentar de junk food, estamos simplesmente dizendo ao nosso corpo “eu não me importo”. Isso sim é falta de respeito com si mesmo, pois comer qualquer coisa ou desprezar um prazer, talvez seja uma péssima maneira de equilibrar bem estar com felicidade.
Comida e felicidade tem tudo haver, afinal um corpo pesado, sem nutrientes, entupido de gorduras não é um corpo vigoroso e forte para realizar as atividades corriqueiras do dia a dia, ou para conectar corpo e mente.
Tudo no universo tende a um equilíbrio, e, portanto é inteligente pensar em uma alimentação equilibrada para que, mais do que aproveitar os benefícios de uma academia é se beneficiar da qualidade saudável de uma boa e regrada alimentação. E como já estamos cansados de ouvir, se aliarmos os dois, de maneira equilibrada, os benefícios são diversos e pro resto da vida.
O que buscamos é nosso bem-estar, um humor sempre presente e principalmente muita disposição. Em tempos de epidemia, nada melhor do que cuidar do metabolismo e da imunidade com uma alimentação colorida, abundante em cereais, grãos, sementes e vitaminas. Comer em horários adequados e tranquilamente pode gerar uma mudança radical em sua vida.
É preciso entender que ninguém precisa deixar aquela picanha suculenta de lado, ou eliminar 100% o chocolate do cardápio, ao contrário, eles são necessários, porém como eu já disse: comidos de maneira equilibrada, sempre!
Esse mês eu decidi tocar nesse assunto com os leitores do jornal, pois sou uma prova viva de que uma boa alimentação faz diferença no nosso corpo e espírito. Com o ritmo frenético da vida paulistana meu corpo chegou ao limite: pulava refeições, não me alimentava direito; deixei o estresse dominar minha saúde até meu corpo travar e suplicar por uma melhora.
Foi então que a primeira mudança surgiu, a mais simples e a mais barata, mexer na alimentação: diminuir o número de refeições junk, aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes e utilizar-me da qualidade imensurável dos 2 litrinhos de água por dia.
A mudança é foi visível em menos de um mês, pele e cabelo mais bonitos, corpo mais disposto e adeus às dores de estômago, corpo pesado e desequilibrado. Mas tudo feito com alimentos que eu gosto de comer e que além de saudáveis também me trazem uma sensação de prazer. É importante pensar no prazer e no gosto individual, portanto, nada de forçar a barra com shakes e sucos de alface. O corpo e a mente vão agradecer!
Essa é a receita para uma boa e longa vida repleta de felicidade, vai um pedacinho?
Joyce Galvão, é chef de cozinha e Engenheira de alimentos. Professora, pesquisadora de gastronomia, palestrante e colunista do portal SP Jornal.