Quem nunca ouviu falar na expressão “arrimo de família”? Segundo o Dicionário Houaiss, é a “pessoa que fornece a uma família os meios de subsistência”.

Assim, entendemos que é a pessoa que trabalha para pagar as despesas da casa, e que dá sustento aos filhos e cônjuge. Mas e se o “arrimo” ficar incapacitado temporária ou definitivamente por motivos de doença ou acidente? E se ele “bater as botas”? Quem paga as contas, a alimentação, a moradia e os estudos das crianças? Duas questões não calam:

– “Se” acontecer um acidente ou uma doença, “quando” vai acontecer?

– “Quando” vou “partir desta para uma melhor”?

Reparem que o “se?” e o “quando?”, refere-se à doença e ao acidente, pois estes podem nunca acontecer. Porém, quando falamos de morte, o “se” não existe. Apenas o “quando?”, já que é a única certeza que temos na nossa vida.

Mesmo sabendo as respostas para questões tão óbvias como estas, muitas pessoas ainda insistem em não dar importância ao seguro de vida, e preferem assegurar apenas o patrimônio.

Na falta do “arrimo”, muitas famílias têm que se desfazer do patrimônio que conquistou durante toda a vida e com tanto suor, para arcar com despesas inesperadas.

Não faz sentido a pessoa querer fazer o seguro de todo o patrimônio, e esquecer-se daquele que foi o responsável por toda esta conquista. Porém, alguns tabus em relação aos seguros de vida ainda são alimentados por pessoas que desconhecem o assunto. Objeções do tipo: “Não quero deixar o dinheiro para o Ricardão!”, são frequentemente citadas por muitos homens.

Sabemos que, em algum momento das nossas vidas, não estaremos mais aqui para cumprir com os nossos compromissos, mas alguém terá que assumi-los em nosso lugar. Aí é que surge o medo que o “Ricardão” assuma o seu papel de provedor do sustento da família.

Ora meus caros: este é um pensamento egoísta e de quem desconhece a utilidade de um seguro de vida. A morte é o risco mais remoto a que estamos expostos todos os dias. Esquecemos os riscos de vida, como a doença, a incapacidade temporária e a invalidez, que podem causar impactos financeiros drásticos.

Se deixarmos de lado o pensamento do hoje e começarmos a pensar no amanhã, também passaremos a ter uma nova mentalidade que está relacionada à cultura da proteção familiar e do planejamento financeiro.

Ah, e o Ricardão? Espero realmente ter alguém que cuide da minha família na minha ausência – por gosto, e não por dinheiro.

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Renato Gonçalves é diretor geral da Movida Prévoir, que atua na área de Consultoria e Corretagem de Seguros, com especialidade em Seguros de Vida e Previdência e professor da Escola Nacional de Seguros.

E-mail: renato.goncalves@movidaseguros.com.br.