Tão pequeno brincava… Com sua pipa branca que enfeitava o céu azul e se escondia entre as nuvens brancas e acinzentadas. Como por um encanto se mostrava com suavidade…
Dançando como uma valsa ia descendo com velocidade, como fosse cair. E imponente subia elegantemente com sua rabiola esguia, que agora rodopiava construindo variados desenhos que alegravam o pequeno que olhava atentamente.
Sem a perdê-la de vista, com astúcia ia cortando uma a uma, laçando aquelas pipas que mais pareciam arco-íris. A linha deslizava sobre seus dedos cortados como não quisesse parar e seus olhos pequenos e apertados pelo sol o cegavam, mas não a perdia de vista.
Deixava no céu um colorido daquela brincadeira tão inocente levando-a de um lado para outro, fazendo com se perdesse levemente no infinito.
Então logo ia puxando de volta. Neste vai e vem de um emaranhado de linha, com seus pés pequenos, descalços no chão, de costas foi se afastando… E rolou de uma ribanceira; teve o seu braço imobilizado, mas quem nunca um dia caiu! Mas feliz ele sempre estava e entre uma brincadeira e outra.
Um dia seu amigo o chamou, para ir a sua casa. Todo feliz ele foi… Lá uma arapuca armada encontrou e surpreso ficou. Saiu correndo para chamar seus irmãos.
Todos correram para ver o que se passava. E pasmos todos ficaram, um rato enorme que foi pego pela arapuca e estava assustado, corria de um lado para outro e fazia um barulho estridente.
E o pequeno menino não contente só de olhar o seu dedo o colocou entre os gravetos amarrados e aquele roedor furioso e sedento o mordeu. Ouve grito de pânico e o rato assustado fugiu…
E todos voltaram daquela tarde de horror. Menino esperto estava ali, cheio de ideias brincava, com seus irmãos como se o dia não fosse terminar.
Entre pipa, bolinha de gude e carrinho de rolimã brincava sem parar. Um dia uma aposta ele fez, quem subiria no mais alto pé de abacate! Havia três, um parecia querer arranhar o céu numa imponência com seus galhos recheados pelos frutos que ofuscavam os olhos daqueles inocentes.
Seus irmãos confessaram que estavam com medo, mas aquilo virou uma grande brincadeira. Mas pareciam uns macaquinhos empoleirados que nos galhos grossos e finos se arriscavam.
Abacate caía para todos os lados e o desafio continuava; quanto mais difícil mais emocionante se tornava. Até que… de repente lá vai ele caindo e se ralando entre galhos e folhas e ao chão entre os abacates foi lançado. E seu anjo, não estava lá para protegê-lo. Mais o tempo foi passando…
Muito inteligente dizia que ia ser doutor. Sua caligrafia até de médico já parecia! Um dia sua tia o levou para passear, todo feliz ele foi. Ao lado esquerdo de uma avenida ele andava, tranquilamente observando tudo em sua volta, pois bom observador ele era.
Parecia não querer perder nada de vista. Quando de repente uma força bruta o lançou para o alto… Pensou estar voando e subitamente numa guia se chocou e o carro que o atropelou não o socorreu e muitos pontos em sua cabeça o levou. – Meu Deus!
Que sina é essa, só queria passear! Foi parar no hospital! Dizia:- Ainda vou ser doutor Passaram-se alguns anos, moço bonito ficou.
Começou a trabalhar numa fábrica de papel como office boy, para seu estudo pagar, porque doutor dizia que ia ser. Conhecia todos os nomes das ruas, mais perecia um mapa ambulante.
Quando um dia distraído, sua mão em cima da máquina de cortar papel colocou. E teve um de seus dedos amputado. Tão jovem com um futuro promissor seus sonhos de doutor se acabaram, pois doente ficou e por um era tratado. Com certeza