Motoqueiros arriscam vida por conta do trabalho.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou um projeto que regulamenta as profissões de motoboy, motofrete e mototaxista no país. A lei proporciona novos direitos (como maior acesso a financiamentos e poder aderir à previdência com maior facilidade) aos empregados desta profissão, mas traz junto alguns deveres que não podem ser esquecidos. O motorista deve ter idade mínima de 21 anos; habilitação por, no mínimo, dois anos na categoria de motos; antena “corta-pipa” e colete refletor. As administrações locais deverão decidir se a atuação dos profissionais estará autorizada em cada localidade. Os municípios e  Estados que permitirem o trabalho dos motociclistas terão de seguir as normas da lei nacional e poderão regular outras questões -como quantos turnos eles estarão autorizados a trabalhar ou se haverá um limite de registros de motoqueiros na cidade. Recentemente, o Globo Repórter, programa exibido às sextas-feiras na  Rede Globo, destacou a vida dos motoqueiros em São Paulo. Das entregas rápidas às refeições, dos serviços diversos aos profissionais criativos que usam de suas motocicletas para ganhar a vida na cidade. Entretanto, o que mais chamou atenção foi, claro, a quantidade de mortes por semana. Fato esse que até a CET – Companhia de Engenharia de Tráfego, criou uma campanha publicitária voltada para o respeito ao profissional que está no ar desde meados de agosto. As condições de trabalho dos motoboys nem sempre condizem com a total segurança do motorista. A cada dia, cresce o número de acidentes com estes trabalhadores. O Governo do Estado de São Paulo esta conscientizando a população para melhorar a atenção com o motoboy, mas os donos das empresas de transporte também têm grande responsabilidade com a segurança destes profissionais. A empresa American Transp – Transportes Rápidos, localizada na Vila Carrão, trabalha atualmente com 25 motoboys. “Com o decorrer dos anos, o motoboy está ganhando
respeito da população, do Governo e dos patrões, mas ainda tem muito o que melhorar nesta área”, diz Claudio Antonio Luiz Junior, diretor da empresa. O trabalho de entrega rápida e barata é a marca destes profissionais, que arriscam suas vidas no caótico trânsito de São Paulo. “Já deixei de receber uma  documentação de um cliente que deveria chegar no Centro em 30 minutos. Seria impossível um motoboy percorrer a distância neste tempo com total segurança. Aqui, nos preocupamos muito com a vida destes profissionais. Tratamos eles como se fossem da nossa família”, conta Claudio.

Reportagem: Assessoria Subprefeitura. Foto: Divulgação.