Ex-jogador da Seleção Brasileira recebe homenagem em clube do bairro.
O ex-jogador corintiano e da seleção brasileira, Zé Maria, não poupou atenção aos torcedores que foram cumprimentá-lo na inauguração da loja Poderoso Timão, localizada no Corinthians, Rua São Jorge, 777, Tatuapé.
Famoso nos anos 70 e 80 como “Super Zé”, teve importante participação em quase 14 anos de atuação no clube alvinegro. Atuou também na seleção brasileira na Copa e 70. Com vocês, o Super Zé:
Como surgiu o gosto pelo futebol e o amor pelo Corinthians?
Isso vem de família. Eu adorava jogar bola quando pequeno e a paixão foi tomando conta, a ponto de um dia, dar um passo decisivo: fui julgar no Ferroviária de Botucatu, na minha cidade natal, interior de São Paulo. Meu pai era um corintiano fanático, e cada filho dele, assim que nascesse, nascia corintiano, porque ele fazia questão de ensinar a torcer pro time. Não tinha nem conversa. Então, eu me conheço por corintiano desde pequeno.
Além de você, quem mais na sua família foi jogador?
Nós somos uma família de seis irmãos, três foram jogadores de futebol: Tuta, que jogou na Ponte Preta; o Gil e o Marco Antonio, que jogou também aqui no juvenil do Corinthians.
Você sempre jogou na lateral direita?
Sim, mas no começo, não queria, não. Teimava em jogar de atacante. Até que no Ferroviária de Botucatu, um dia, faltou um jogador na lateral direita do time infantil, e eu entrei na posição e desde então não saí mais. Quem me pôs na função foi o técnico Tissão, do Ferroviária.
Nessa posição, quem foi seu exemplo?
Djalma Santos, aprendi muito com ele, principalmente como marcar o adversário. Eu inclusive estava presente na despedida dele da seleção, em 68, quando o técnico Aymoré Moreira me convocou como 3º lateral direito. Posteriormente também veio o Carlos Alberto e a experiência que adquiri com ele, com a habilidade que ele tinha, enfim, aquilo me aprimorou bastante. Os dois foram muito importantes pra mim.
Depois da seleção de 70, em sua opinião, algum outro time tenha sido a melhor?
Sim, houve outras seleções muito boas, como a de 78, 82, e alguns jogadores também eram ídolos de outros que começavam a jogar, como Rivelino, Tostão. Enfim, houve mudanças, mas sempre como a de 82 é uma seleção difícil de esquecer.
Há menos de um ano e meio da Copa, o Brasil tem chances de conquistar o hexacampeonato mundial?
Eu sou bastante otimista. O Brasil tem tudo para vencer em 2014. E a maior vantagem é que vai jogar em casa, nos braços de sua torcida. O Luis Felipe Scolari precisa é trabalhar essa equipe, gostei da nossa escalação que ele promoveu, mas uma dica: que ele não trabalhe apenas o condicionamento físico, mas sim o coletivo. O Corinthians é a maior prova do quanto este fator é importante. Se ele trabalhar esta questão, aí, não resta dúvidas da conquista de mais este título.
Reportagem: Fernando Aires. Foto: Divulgação.