Segundo um levantamento realizado pelo Índice de Gestão Municipal Aquila (IGMA), ferramenta de big data que é atualizada em tempo real e usa somente de fontes públicas, um a cada cinco alunos brasileiros do Ensino Fundamental está com atraso escolar de 2 anos ou mais.

Este número alarmante, de 2020, se deve ao fato de que, no Brasil, há um gargalo no acesso à educação da primeira infância: cerca de 4 a cada 10 crianças, de 0 a 3 anos, frequentam a creche. Além disso, três a cada 100 alunos dos anos finais do Ensino Fundamental das redes municipais de ensino brasileiras não chegam a completar o ano letivo.

Outro dado é que, embora a taxa de analfabetismo no Brasil venha apresentando queda nos últimos quatro anos (2016 a 2019), ainda existem cerca de 11 milhões de pessoas com 15 anos ou mais analfabetas, o que corresponde a 6,6% da população. “São indivíduos que não são capazes de ler e escrever nem mesmo um bilhete simples”, elucida Rodrigo Neves, Consultor Sócio do Aquila, lembrando que o tempo médio total de estudo dos adolescentes de 15 a 17 anos em 2019 foi de apenas 9,2 anos.

O levantamento aponta também que apenas 61,9% das cidades brasileiras alcançaram as metas de Ideb (índice de Desenvolvimento da Educação Básica) Anos Finais estabelecidas pelo MEC; 2.284 municípios apresentam nota superior a 6 (considerada mediana), representando 44% do total de municípios com nota do país, e 369 municípios obtiveram nota superior a 5,5, o que representa 11,8% do total de municípios com nota.

Segundo o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o Brasil tem cerca de 23 milhões de alunos matriculados nas redes públicas municipais. Em 2019, o país investiu R$ 166 bilhões em educação básica, o que significa um investimento por aluno de R$ 7.244.

Reportagem: Redação.  Foto: Divulgação.

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