Os moradores do Carrão foram surpreendidos no início do mês de setembro, com a demolição da Vila Operária João Migliari. O espaço, que estava com a obra embargada desde 31 de agosto, teve seu tombamento realizado de modo irregular na manhã de 01 de setembro.

Construída na década de 50, a zona abrigava cerca de 40 casas. Embora não hajam relatos de feridos, a Subprefeitura não informou se realizou contato com os moradores da região.

Em nota oficial enviada ao Jornal de Vila Carrão no dia 13 de setembro, a Subprefeitura da Mooca esclarece que devido à ação realizada mesmo em contra  à Lei 16.642/17, a entidade que realizou a demolição recebeu uma série de multas, sendo elas: R$ 40.000,00 pelo embargo e R$ 4.000 por desrespeito à medida legal, tendo sido aplicada diariamente no período de 01 a 03 de setembro.

 

Falta de segurança

A grande preocupação em relação a todo o ocorrido diz respeito não somente à falta de respeito com as imposições de entidades públicas (nesta ocasião à Prefeitura de São Paulo), mas principalmente sobre a ausência evidente de preocupação destas entidades com a segurança e integridade física da sociedade. Mesmo após a demolição inesperada, não há registros da Prefeitura e da empresa que efetuou o tombamento terem procurado os moradores para obterem mais detalhes.

Em manifestação a este Jornal também por meio de nota oficial, a Secretaria Municipal de Cultura (SMC), esclarece que no dia 02 de setembro, durante uma reunião do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP), foi aprovada a abertura do processo de tombamento das 5 casas restantes na Vila Operária João Migliari e de outras duas vilas, localizadas no Alto do Pari e Belém, construída pelo mesmo proprietário dos sobrados do Carrão.

 

Por: Leandro Luz.  Foto: Rede Globo/Reprodução.

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