Quantos impostos pagamos que são destinados para arcar com as despesas do Congresso Nacional mais caro do mundo?

Ele, o imponente Congresso, custa R$ 6 bilhões ao ano, ou seja, R$ 11.545,04 por minuto. Quantos benefícios a classe política tem e quantos nós, cidadãos comuns, temos?

Você, leitor, sabe bem do que estou falando. É Ipva, Pis, Cofins, Dpvat, taxas, licenças e tantas outras impossíveis de arrumar espaço para descrever aqui.

E nas últimas semanas somos obrigados e nos deparar com os políticos levantando novamente o debate sobre a Cpmf, antigo imposto que descontava valores dos cheques compensados para “destinar” à saúde. É claro que nunca foram para o destino certo, convenhamos.

O que me surpreende é que, mesmo diante de tantos impostos, não vemos nenhum parlamentar apresentar projeto para reduzir esta enorme máquina de mordomias que são os salários, auxílios e quantidades de cargos na política brasileira.

Observem só, recentemente, a Bandnews, fez um especial de reportagem falando da Suécia, país Europeu, tradicional, avançado em sua educação e economia, que sequer dá condições ou “colher de chá” aos políticos do país.

Para se ter idéia, os políticos da Suécia, não tem direito à luxo algum. Eles, os deputados federais, vivem em apartamentos com 40 m², com apenas um cômodo que serve de sala e quarto de dormir. Os suecos, eleitores questionadores, bem diferentes de boa parte de nosso povo, reconhecem ser o suficiente para que possam exercer suas atividades. A cozinha e a lavanderia são comunitárias e eles mesmos que as utilizam.

No gabinete eles não contam com assessores e nem carro com motorista. Os deputados estaduais e vereadores trabalham em casa, não tem gabinete e nem salário alto. Eles se reúnem com as pessoas na sede do partido ou mesmo em espaços públicos. É o máximo da referência para em gestão, redução de custos e, principalmente, moralidade!

Lá os deputados não tem direito à imunidade e prefeitos e governadores não tem direito à residência oficial.

Minha pergunta é clara. Que tal, ao invés de usar mais do nosso dinheiro para bancar as noitadas, cuecas, corrupção e farras da maioria de nossos políticos, porque não se reduzem os cargos dos mesmos para bancar tudo que falta neste país? Vamos fazer a Cpmf descontando apenas da movimentação financeira da conta dos parlamentares. O que acham?

Na Suécia, uma ex-vice primeira ministra foi cassada porque usou o cartão do governo para comprar um chocolate.

Igualzinho por aqui, não? Aqui ministro que quebra sigilo de caseiro e ministro que comprovadamente cria e desenvolve uma quadrilha continua de nariz em pé e governando o nosso país.

Um pouquinho de Suécia não faz mal a ninguém!

Antonio Gelfusa Junior  é diretor  de marketing do SP Grupo de Jornais  (SP Jornal, Jornal de Vila Carrão,  Jornal do Tatuapé e Jornal de Vila Formosa).