Colégios implementam soluções para driblar racionamento de água.

Os baixos níveis de reservatórios de água são motivos de preocupação da população brasileira neste ano, especialmente no Estado de São Paulo. O racionamento passa a ser uma preocupação na capital paulista com a possibilidade de um rodízio de cinco dias sem água na região. Por conta da crise, vários colégios já se prepararam para os dias difíceis que questão por vir.

O Colégio Mary Ward, localizado no Tatuapé, investiu em sua infraestrutura para lidar com o racionamento da água. No mês de janeiro, o colégio passou por reformas, em que foram construídos espaços para instalação de caixas d’água com capacidade de 40 mil litros para captação da água da chuva. A obra está em finalização. Para a instituição, a medida é preventiva e sustentável já que aumenta em definitivo a estrutura em relação ao abastecimento de água. A escola decidiu não só captar a água de chuva como também tratá-la para que possa ser usada nas pias do colégio, ainda que não seja possível o consumo humano. Com as três cisternas, 90 mil litros de água pluvial poderão ser armazenados, além da caixa d’água que já tem capacidade para abastecer o consumo de duas mil pessoas – o dobro do número de alunos atualmente matriculados. “Gastamos cerca de R$ 300 mil na obra e, por ser um gasto imprevisto e muito elevado, precisamos contar com a ajuda da congregação religiosa que dirige a escola para que fosse viável”, diz César Marconi, diretor pedagógico da escola.

Outros colégios de São Paulo também investiram para economizar água. A Escola Internacional de Alphaville, instituição bilíngue, localizada em Barueri, montou um sistema para a reutilização da água da chuva, por exemplo. Com um investimento de R$ 75 mil, foram instaladas seis grandes caixas-d’água que, juntas, têm a capacidade para 70 mil litros. A água da chuva é captada e bombas a levam até uma outra caixa, de 20 mil litros, localizada no teto da escola. Outra ação que a escola realizou foi a substituição das 115 torneiras de pressão dos banheiros e vestiários por torneiras-chuveirinho com regulagem de vazão, iniciativa que gerou uma economia de 50% a 60% nos lavatórios, ou seja, de mais quatro mil litros de água por dia.

A necessidade de economia de água também deixou em alerta o Colégio Pio XII, instituição localizada no bairro do Morumbi. Obras para a captação pluvial foram iniciadas há dez meses, com o objetivo de amenizar a questão da crise hídrica. O prédio principal do Colégio foi coberto com telhados novos e a chuva é captada através das calhas para uma caixa d’água de 40 mil litros, que dá autonomia para o colégio de um dia e meio de abastecimento, caso falte água. Mas o Colégio já possui uma caixa de 150 mil litros: equivale a três dias de autonomia, – ou seja, sem receber água da rua. Juntando as caixas, o colégio consegue ter cinco dias de água. Além disso, outras iniciativas de conscientização e que geram benefícios foi a de colocar copinhos plásticos em todos os bebedouros.

Em questões estruturais, o Colégio Humboldt, instituição bilíngue localizada no bairro de Interlagos, em São Paulo, construirá uma segunda caixa d’água, além da construção de dois reservatórios (um de água de reuso e outro para captação de água de chuva para filtragem, tornando-a potável). Na volta às aulas o assunto já foi levantado logo no discurso de boas vindas dos diretores com os alunos. Os estudantes também serão envolvidos neste processo, ou seja, será solicitado em sala de aula que eles tragam boas ideias para essa crise e como cada um pode contribuir.

Reportagem: Assessoria de imprensa. Foto: Divulgação.