Evento integra a programação da série “Diálogos da Cidadania”, promovida pelo Sesc Itaquera.

O próximo debate proposto pela série “Diálogos da Cidadania” acontecerá no dia 28 de setembro, das 14 ás 17 horas, na Praça de Eventos do Sesc Itaquera, e terá como tema a gravidez na adolescência. O projeto traz especialistas que abordam conceitos e apresentam casos concretos para reflexão sobre os Direitos Humanos e a luta pela cidadania.

A atividade é fruto de parceria do Sesc Itaquera com a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado. Participam do debate Albertina Duarte (ginecologista e obstetra), Gabriela Barbosa (atriz, militante feminista e estudante de Obstetrícia), Jefferson Drezett (responsável pelo Núcleo de Programas Especiais – Serviço de Violência Sexual e Aborto Legal do Hospital Pérola Byington) e Armindo Pinto (diretor teatral).

A discussão abordará como em uma sociedade com fortes características machistas e tradicionalistas, a responsabilidade da gravidez é associada diretamente à mulher, quem deve administrar o próprio corpo com contraceptivos caso queira evitá-la.

Mostra também que é uma questão de gênero a diferença no incentivo à sexualidade masculina enquanto as garotas jovens são educadas para se preservar virgens e comportadas. Além disto, estima-se que a cada ano, no Brasil, 500 mil mulheres realizam o aborto, na maioria das vezes de maneira ainda ilegal.

Irregular, o aborto representa grave risco à saúde e integridade feminina, por ser realizado sem condições físicas, higiênicas ou emocionais adequadas, podendo levar à morte ou deixar sequelas irreversíveis.

O debate busca também mostrar que este cenário, já grave, é piorado quando percebemos que uma discussão urgente e honesta sobre o assunto, para a elaboração de novas leis, é permeada por referências ideológicas e religiosas que, ao invés de avaliar a situação a partir de dados concretos, lançam a questão ao plano dos assuntos morais. O mesmo ocorre no âmbito educacional, onde ações de prevenção e educação sexual são restringidas ou evitadas por completo por precisarem encarar a sexualidade adolescente e juvenil.

Reportagem: Da redação. Foto: Divulgação.