Este é um assunto capaz de causar polêmica em qualquer lugar do mundo. Escolher, participar ou desempenhar atividades ligadas a instituições religiosas deveria ser algo natural, compreensível e principalmente saudável para todo ser humano. Mas em muitos casos, não é.

A escolha religiosa tem sido responsável, há milênios, por guerras, perseguições e mortes, conflitos sociais, escândalos e discriminações, quando na verdade o que deveria ser discutido são questões filosóficas, doutrinárias e científicas a respeito das religiões, mas isto foi o que menos aconteceu. Como resultado, muitos conhecimentos e princípios foram mal-interpretados ou sofreram graves deturpações.

Ao longo da história surgiram diversas religiões, muitas foram marginalizadas ou sofreram terríveis perseguições, algumas se transformaram e evoluíram, outras se descaracterizam, tornando-se manipuladoras e dizimistas. Existem instituições que se declaram detentoras da verdade absoluta e condenam aqueles que dela discordam, contrariando questões básicas como o bom senso, a liberdade e a fraternidade.

A religião não é uma condição para viver, mas sim uma escolha filosófica para que a pessoa se sinta bem e possa canalizar suas vibrações, atraindo as positivas e expurgando as negativas.

A escolha e a prática religiosa, quando pautadas no conhecimento, na responsabilidade e na caridade contribuem para a reforma íntima, que leva você a mudar a forma de relacionar-se com o universo e com as pessoas, proporciona uma mudança de comportamento que lhe transforma em uma pessoa melhor, esclarecida, consciente e equilibrada.

Cada um deve viver sua fé e fortalecer sua espiritualidade onde se sentir melhor, independente de igreja, templo, mesquita, centro, sinagoga, terreiro ou qualquer outro espaço religioso. Esta é uma escolha pessoal e intransferível, que todos devemos respeitar, e não condenar.

Ricardo Felix, espiritualista, publicitário e mestre em Educação, é consultor pedagógico do Senac e professor da Faculdade Cantareira.