As projeções para 2013 devem ser as melhores possíveis, até porque os cofres públicos do município só aumentam em sua arrecadação a cada ano.
Levada as devidas proporções, é claro que a cada dia mais pessoas nascem e novas pessoas veem morar na cidade de São Paulo, o que acaba por saturar e congestionar o sistema como um todo, mas ao mesmo tempo, são muitos os impostos e estruturas que contam com o dinheiro do cidadão para que as áreas da saúde, habitação, cultura, educação entre outras possam evoluir. É isso que se espera dos gestores públicos desta cidade: profissionalismo, respeito ao patrimônio e respeito ao dinheiro do povo.
Há algumas semanas o Fantástico, programa da TV Globo, fez uma reportagem sobre alguns prefeitos de cidades do país que deixaram uma séria de problemas para seus sucessores. Falta de dinheiro em caixa, contas com luz e água em atraso, computadores sabotados e remexidos e até extravio de documentos importantes essenciais para uma transição de governo. Vergonhosa, mas trata-se de uma triste realidade em bem mais da metade dos 5564 municípios do país.
Kassab, em São Paulo, conseguiu cumprir mais de 50% de suas metas como gestor. Como ponto contra, não investiu um centavo no transporte de ônibus na cidade e teve dificuldades em trabalhar o trânsito, principalmente, nos enormes congestionamentos. Lançou boas escolas, mas não conseguiu ampliar a adesão do paulistano aos programas sociais e sua participação na escola. Quanto às enchentes, os piscinões foram ínfimos perto da real necessidade da capital, apesar de ser um problema que se agrava com a também falta de participação e falta de educação da população, que muitas vezes joga o lixo em locais indevidos.
Como pontos a favor, Kassab peitou a área de comunicação de mídia exterior e colocou ordem a área visual da cidade. Com a regulação da propaganda, a sinalização de trânsito ficou melhor percebida na cidade e a poluição visual também reduziu. Com o “Controlar” aplicado, a maioria dos carros da cidade foram obrigados a manter suas regulagens em dia, o que também favoreceu o ar de nossa cidade com milhões de quilos a menos de poluição deixando de serem emitidos na atmosfera. O prefeito também moralizou as subprefeituras com a presença de ex-militares e investiu, como nenhum outro prefeito, no metrô, que ao longo prazo, é a solução mais eficiente para o caos do transporte em grandes cidades.
Haddad terá o grande desafio de aproximar a periferia dos grandes centros comerciais. Reduzir drasticamente a distância social entre os extremos de São Paulo é um grande desafio para o próximo prefeito. Pensar estratégias para o transporte coletivo, corredores de ônibus, desburocratizar obras necessárias e investir em educação de qualidade nas escolas com boa remuneração aos professores deve ser meta principal.
Na zona leste da cidade o que se espera é um olhar amplo para os transportes. Soluções para o tráfego de carros e, principalmente, para os usuários de ônibus e trens. Eles merecem respeito e não continuarem a ir e voltar de seus trabalhos como “sardinhas enlatadas”.
É preciso também olhar com mais rigor as obras da construção civil que desrespeitam nossas calçadas e que invadem espaços fora de suas escrituras. É preciso também observar os espaços públicos que são depredados e contam com baixa fiscalização da guarda civil metropolitana e investir em segurança de maneira inteligente, aplicando, aos poucos, a tecnologia de câmeras com centrais de acompanhamentos em focos já conhecidos de tráfico, assaltos e outros crimes.
Que a nova gestão consiga dar saltos importantes para nossa cidade! É o que todos queremos!