Em tempos de crise, o acirramento da concorrência existente no varejo deve servir de alerta para a importância da implantação de canais de comunicação cada vez mais eficazes e diversificados, com o objetivo de fidelizar o cliente nesse setor.
O advento de novas tecnologias provoca a inovação nos canais de comunicação a todo instante. Em razão disso, fatores como facilidade de acesso à informação, praticidade e otimização de custo/benefício são fatores essenciais e que devem ser levados em consideração no momento de definir os principais canais postos pelo varejista à disposição de seu cliente.
A eficácia da comunicação do varejo é um dos pilares que pode definir o sucesso do negócio, já que, a depender do meio, a abrangência e o impacto da informação pode se chegar a níveis antes jamais esperados. Mais além, o aprimoramento dessa ferramenta consiste em importante diferencial, fortalecendo a marca junto ao consumidor, sobretudo em meio a atual crise econômica.
No final do ano passado, por exemplo, o bloqueio do aplicativo Whatsapp em todo país, em cumprimento a uma determinação judicial, evidenciou a necessidade de que não apenas o canal de comunicação seja ágil, dinâmico e de baixo custo, mas que também se utilize de ferramentas variadas, a fim de minimizar efeitos de outras situações semelhantes.
De fato, empresas varejistas que elegem um único meio de comunicação estão suscetíveis a sofrer consideráveis impactos, vez que por qualquer imprevisto podem ficar temporariamente impedidas de se relacionar com o cliente, comprometendo sua relação com ele e mesmo sua própria atividade. Situação essa que seria facilmente evitável caso os canais de utilização empregados fossem diversificados.
Apesar de se tratar de situações raras, é importante se ter em mente que os meios de comunicação são falíveis e fogem do controle do varejista que fica acuado e ameaçado quando imprevistos acontecem.
A comunicação no setor varejista é essencial. Para a sobrevivência do negócio, é vital que canais eficazes sejam postos à disposição do cliente, bem como que tais meios sejam de conhecimento do nicho que atende, antecipando-se às ingerências que fogem do controle do varejista e conferindo-lhe destaque em meio à crise.
Lilian Rodrigues da Silva é advogada e componente do task force de Varejo do escritório A. Augusto Grellert Advogados Associados.