A Prefeitura de São Paulo deu mais um passo para a transformação do Centro da capital e lançou o terceiro chamamento da subvenção econômica, iniciativa que cobre até 25% do custo das obras de retrofit de empreendimentos antigos. Com um investimento recorde de R$ 200 milhões, o foco do chamamento é ampliar a oferta de moradias na região, com prioridade para habitação social com renda mensal de até três salários-mínimos (HIS-1).

“Isso possibilita que prédios ociosos possam receber uma subvenção da Prefeitura de São Paulo, se comprometendo a retrofitar esse prédio e dar uma destinação de, no mínimo, dez anos com esse objetivo. A gente tem esses prédios que não teriam outra alternativa, a não ser continuar se deteriorando e deixando feio o nosso Centro, sem nenhuma atividade, agora pode passar a ter atividade, deixar o Centro mais bonito e permitir que a gente atinja a meta de trazer 200 mil moradores para esta região”, afirmou o prefeito Ricardo Nunes ao anunciar esse novo edital.

Com um investimento total de R$ 1 bilhão, a iniciativa busca impulsionar a recuperação de imóveis no perímetro do Programa Requalifica Centro. Nos editais anteriores, lançados em novembro de 2023 e maio de 2024, cada chamamento contou com um aporte de R$ 100 milhões. Até o momento, 15 projetos de requalificação foram credenciados, sendo três no primeiro chamamento e 12 no segundo. Desses, dois edifícios serão destinados exclusivamente a famílias com renda mensal de até três salários-mínimos (HIS-1). 

A Prefeitura destinará 60% do total desse R$ 1 bilhão para projetos voltados à moradia de famílias com renda de até 3 salários-mínimos (HIS-1) e entre 3 e 6 salários-mínimos (HIS-2). Outros 15% serão alocados para projetos de habitação para famílias com renda de até 10 salários-mínimos (HMP), e 15% para iniciativas voltadas a outras faixas de renda. Os 10% restantes serão destinados a projetos não residenciais. Esses percentuais são fixos e não podem ser transferidos para outras categorias de uso, sendo definidos com base nas pontuações dos projetos apresentados pelas empresas interessadas. 

“É algo super importante, que está dando super certo. Estou muito feliz, tanto é que a gente está lançando o terceiro edital e estamos aqui num prédio que foi beneficiado no segundo edital com essa subvenção do retrofit do Centro de São Paulo”, destacou Nunes, ao falar sobre o Edifício Taquari, antigo prédio comercial na Avenida Ipiranga, no Centro, que foi transformado em habitacional com a subvenção da Prefeitura.

Morar no Edifício Taquari  foi um divisor de águas na vida da arquiteta Ana Cláudia Pereira (foto), de 32 anos. “Foi bom tanto pelo lado pessoal quanto profissional. Desde outubro, quando me mudei para cá, minha vida mudou. Gastava, em média, 6h por dia no transporte público, indo e voltando do trabalho. Agora tenho o privilégio de morar perto do escritório e vou andando para lá. São dez minutos de caminhada, apenas. Estou adorando. O Centro é um lugar cheio de história.”

“Com o Requalifica Centro, com a subvenção, a gente consegue mostrar que a Prefeitura está do nosso lado, está olhando o Centro e sim, tem muita, muita, muita boa-vontade para fazer as coisas aqui acontecerem”, disse Isadora Rebouças, fundadora da Empresa Citas, responsável pelo retrofit do Taquari. “Quero trazer 5.000 unidades, trazer 10.000 pessoas para morar no Centro. Só porque quero trazer 10.000 pessoas para morar no Centro, não posso cobrar R$ 5.000 o pacote”, explicou.

Para o prefeito, esse tipo de ação já mostra o quanto todo o investimento da Prefeitura com foco no Centro está no caminho certo. “São várias ações para recuperar o nosso Centro, avançamos bastante para construir habitação, retrofitar, recuperar os prédios ociosos, policiamento, segurança, Smart Sampa, reurbanização dos espaços, atividades culturais, incentivos fiscais para as empresas virem para cá e que tem dado um resultado bastante positivo.”

Em contrapartida à subvenção, a Prefeitura exige que o empreendedor se comprometa a manter a categoria de uso do imóvel por um período mínimo de dez anos. Além disso, as obras de requalificação deverão cumprir exigências de sustentabilidade, alinhadas às normas aplicáveis a projetos públicos. 

O pagamento da subvenção será realizado em parcelas, de acordo com o progresso do projeto. Vale ressaltar que o acordo com o Município não isenta o interessado da responsabilidade de obter todos os alvarás e autorizações exigidos para a execução do projeto. 

Reportagem: Da redação. Foto: Divulgação.

Para saber mais sobre outros conteúdos, clique aqui e acesse a home do nosso portal.